Com a constituição do modo de produção capitalista, a relação dos trabalhadores com os produtos do seu trabalho tem sido de estranhamento, de não identificação, relação que resultou em históricas manifestações políticas. Nesse sentido, o dia 1 de Maio é emblemático.


No dia 1 de maio de 1886, ocorreu uma série de protestos nos Estados Unidos, sobretudo em Chicago, organizados por trabalhadores que lutavam pela garantia de direitos, como a redução da carga horária de trabalho. Estes protestos ganharam amplitude, desencadeando explosões de revoltas em várias partes do mundo no século XIX, e que desembocaram no que foi o “Breve Século XX”. Diversas alterações no contexto histórico deram significado à data, sendo o pós Segunda Guerra o período de auge e afirmação de mais um dia de luta, sobretudo por conta do movimento socialista e das reivindicações dos trabalhadores, descontentes com o modo de produção.

Em todo o mundo passou-se a comemorar o 1º de maio como dia de reivindicações concretas e de luta pela memória dos trabalhadores. Hoje, mais do que nunca, é tarefa central pautar outro modelo de sociedade.

Irrompe-se como necessidade histórica a defesa de um tipo de sociedade em que as possibilidades de “desenvolvimento de um indivíduo seja premissa para o desenvolvimento de todos”.


Assim, defendemos o 1º de maio como um dia de luta concreta. Nas últimas décadas temos observado um processo nefasto de destruição massiva do trabalho e das condições do trabalhador, refletindo sua intensa pauperização física, moral e intelectual em nome da continuidade das formas de extração, cada vez mais violentas, do lucro. Frente a esta antiga/nova realidade, enfatizamos a atualidade do histórico Manifesto do Partido Comunista (1848) que tem no seu desfecho a frase mais necessária de todos os tempos: “Trabalhadores do mundo todo, uni-vos“!

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Aracaju/SE, 01 de maio de 2020.
Diretoria Executiva da Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Local Aracaju.

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