Hoje, 1º de Maio de 2021 somam-se 135 anos da luta de trabalhadores e trabalhadoras pela diminuição da jornada de trabalho nas fábricas de Chicago, nos Estados Unidos. Em 1886, homens e mulheres, bravamente, reivindicavam melhorias das condições de trabalho e vida, mas foram duramente reprimidas pelo aparato do Estado, com mortes e prisões.

Desde então, como um marco representativo do movimento de luta pela classe trabalhadora, o Primeiro de Maio, é entendido como parte da constituição histórica do Proletariado enquanto classe revolucionária. Após essa data, documentam-se em todas as regiões do mundo, formas concretas de luta proletária: a Comuna de Paris, em 1871, a Revolução Russa de 1917, a Revolução Cubana durante os anos de 1950, as lutas anti-imperialistas na África e na Ásia ao longo do século XX e na Inglaterra, a Greve dos mineiros, durante a década de 1980. No Brasil, as Greves Gerais contra o despotismo do capital, a citar: as Greves do ABC Paulista, nos anos 1970.

As contradições do capital tornam-se cada vez mais visíveis e destrutivas em um contexto de crise estrutural. Portanto, a luta internacional dos trabalhadores anuncia-se urgente. Cada vez mais, as ameaças são contínuas: o desmanche dos direitos trabalhistas, a disseminação do individualismo e a competitividade como qualificativos de venda da força de trabalho como mercadoria, a cooptação e repressão contra sindicatos, organizações políticas e movimentos populares.

Nesse sentido, o histórico objetivo de rompimento com o sociometabolismo do capital se insere no quadro árduo de transformação efetiva da realidade. Para tal, somos hoje, de acordo com os dados mais recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 3,388 bilhões de trabalhadores e trabalhadoras.

No Brasil atual, entender a importância dos trabalhadores na constituição de uma base de resistência é posicionar-se contra a destruição de direitos historicamente conquistados. Portanto, diante de milhares de vidas ceifadas pelo descaso genocida ultraneoliberal, pelos milhões de desempregados, informais e famintos, pelos profissionais da educação, da saúde, do transporte público, empregadas domésticas, profissionais da limpeza pública, geógrafos e geógrafas, ecoamos o grito: “Trabalhadores do mundo, uni-vos”.

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