Coordenadores: Ana Consuelo e Daniel Almeida.
Integrantes: Antony Santos, Ariel Dêner, Bruna Lima, Bruno Nascimento, Carla Apenburg, Catharina Pena, Daniel Matheus, Eline Barreto, Elis Regina, Haila Lira, Jorge Edson, Josefa Souza, Karla Tanan, Luana Almeida, Sandra Andréa, Mirella Gerônimo, Ranniêr Torres, Sandra Estroges, Sirley Ferreira, Thayná Albuquerque, Victor Souza.
GT de Natureza/Meio Ambiente tem contribuído para leituras teóricas, pesquisas e ações que buscam refletir sobre a relação homem/natureza e os efeitos e consequências da exploração da natureza pelo capital enquanto mercadoria, realizando debates junto a seus associados e movimentos sociais correlacionados ao tema, de forma a realizar ações interdisciplinares com outros Gts que permeiam a questão ambiental.
Com o intuito de ajudar e fortalecer os movimentos sociais, o GT vem realizando ações a exemplo do relatório técnico multidisciplinar para subsidiar as lutas da Associação de Catadoras e Catadores de Mangaba Padre Lemper. O objetivo do relatório é fornecer elementos técnicos para análise do Poder Judiciário, em ação do Ministério Público Federal – MPF contra a Prefeitura Municipal de Aracaju – PMA, que pretende reduzir a área extrativista para construção de um conjunto habitacional. A área em litígio é utilizada há décadas por famílias extrativistas que sobrevivem da catação de mangaba (e de outras frutas) e são protetoras das últimas reservas de mangabeiras da cidade de Aracaju. As famílias extrativistas são reconhecidamente considerada uma comunidade tradicional, possui direitos assegurados pela legislação vigente, que incluem a proteção territorial pelo Estado e a garantia de condições para sua reprodução social e cultural. O Relatório foi demandado a partir de diálogos estabelecidos entre o GT de Natureza da AGB-Aracaju e a comunidade local, e construído em articulação entre associad@s, profissionais e estudantes de Geografia, biólogas, geólogas, economista e parceria com o Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras – PEAC/UFS, que já vinha assistindo à comunidade.
Além dessas ações, o GT está em diálogo com movimentos sociais pesqueiros do Bairro Industrial para fortalecer a luta contra ações de despejo de famílias que sobrevivem da pesca e vivem na localidade há mais de 30 anos. Os movimentos sociais denunciam que SPU – Secretaria do Patrimônio da União emitiu ordem de despejo para expulsar a comunidade de seus lares e meios de vida, apontando que os imóveis construídos às margens do rio Sergipe são irregulares e devem retirados da área, alegando que a mesma é considerada uma zona de preservação.